Trump impõe tarifas ao Brasil e reacende tensões geopolíticas: alerta para o Ibovespa

📉 Trump impõe tarifas ao Brasil e reacende tensões geopolíticas: alerta para o Ibovespa

Por Carolina Vargas | Radar Preditivo

O ex-presidente Donald Trump anunciou o envio de uma carta oficial ao presidente Lula impondo tarifas de 50% sobre importações brasileiras, com início a partir de agosto de 2025. O movimento marca um forte reposicionamento dos EUA nas relações comerciais com o Brasil, em linha com uma possível tentativa de pressionar politicamente o governo atual.

O gesto não é isolado: Trump sinaliza claramente que deseja um Brasil mais alinhado à direita, em contraste com o apoio mais velado dado por Joe Biden ao atual governo nas eleições passadas. A estratégia parece refletir o incômodo com a crescente influência do Brasil dentro dos BRICS, grupo que fortalece laços com China, Rússia, Índia e África do Sul, contrariando interesses norte-americanos no xadrez global.

⚠️ Impactos no mercado: sinais de distribuição ganham força

O Ibovespa vinha em forte alta, impulsionado por revisões positivas, melhora na perspectiva do risco Brasil, e rebaixamento dos juros . Porém, movimentos recentes com volume elevado levantam suspeitas sobre uma POSSÍVEL distribuição institucional. A forte valorização de ações de peso no índice pode ter sido parte de um ciclo clássico de euforia pré-evento.

Exportadoras devem ser as mais afetadas de forma imediata, mas ativos ligados ao mercado interno também podem sofrer, dado que os Estados Unidos ainda são a maior potência global, e o Brasil mantém laços comerciais e financeiros relevantes com o país. Ações como BBAS3, ITUB4, AZZA3, JHSF3, dentre outras, reforçam essa visão.

🔎 Análise técnica reforça alerta: Ibovespa testa resistências com volume alto

O gráfico do Ibovespa mostra um rompimento recente das máximas com aumento de volume, mas ainda sem sustentação clara. A alteração do POC (Point of Control) para patamares mais altos sugere acúmulo recente, mas pode também indicar distribuição em topo, especialmente considerando o contexto geopolítico, o risco fiscal doméstico. e a euforia disseminada.

🧮 Fiscal, BRICS e eleições no radar

Além do cenário externo, o impasse entre governo e Congresso sobre a meta fiscal pressiona os ativos locais. O mercado teme que, assim como ocorreu no segundo semestre de 2024, narrativas positivas sejam revertidas por eventos que já estavam precificados por grandes players com antecedência.

🛡️ Recomendação do Radar Preditivo

O momento exige cautela redobrada. A leitura preditiva indica que estamos em uma fase delicada de transição, onde o mercado pode fazer o oposto do que os bancos e casas de análise divulgam nas manchetes. Cada ativo deve ser analisado individualmente, com foco em fundamentos, fluxo e volume.

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