IBC-Br recua 0,70% em maio e reforça sinais de desaceleração econômica

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, registrou queda de 0,70% em maio, abaixo das expectativas do mercado. O dado reforça o cenário de desaceleração da economia brasileira, pressionada por juros ainda elevados e menor dinamismo do consumo. Para o Radar Preditivo, esse movimento, somado à queda da inflação, câmbio mais favorável e redução nos custos logísticos, indica que o ciclo de aperto monetário está próximo do fim.

Carolina Vargas

7/14/20252 min read

📉 IBC-Br recua 0,70% em maio e surpreende negativamente o mercado

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como uma “prévia do PIB”, registrou queda de 0,70% em maio de 2025. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado, que projetava estabilidade.

Esse desempenho negativo sinaliza um ritmo mais lento para a economia brasileira e reforça os alertas sobre os efeitos prolongados da política monetária contracionista.

🔎 Um retrato da desaceleração

A retração do IBC-Br reflete os impactos de juros elevados, crédito mais caro e menor consumo das famílias. O dado divulgado nesta semana reforça a percepção de que o ciclo de alta da taxa Selic está próximo do fim. Junto ao Boletim Focus, que indica queda na inflação projetada, o cenário aponta para uma possível convergência mais rápida da inflação ao intervalo da meta — mais cedo do que o “Sr. Mercado” esperava.

📊 Para o Radar Preditivo, o ciclo de aperto monetário está chegando ao fim

A partir da análise preditiva que combina macroindicadores com leitura técnica do mercado, o Radar Preditivo observa os seguintes sinais:

✅ A inflação mostra trajetória de queda, conforme o último Boletim Focus;
✅ O dólar permanece em tendência de desvalorização, reduzindo o custo das importações;
✅ Os fretes internacionais seguem em baixa, aliviando a cadeia logística;
✅ O tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil, embora negativo para exportações, pode elevar a oferta interna de produtos, contribuindo para desaceleração da inflação doméstica.

Diante desse conjunto de fatores, a justificativa para manter a Selic em patamares elevados perde força. A expectativa, portanto, é de um corte mais estrutural da taxa de juros nos próximos trimestres — desde que o cenário fiscal não piore substancialmente.

🧠 O que isso significa para o investidor?

A leitura correta dos dados macroeconômicos vai além das manchetes. Os contratos futuros de juros, por exemplo, já sinalizam reposicionamento dos grandes players institucionais, com movimentações que indicam possível distribuição em faixas de preço estratégicas.

Para o investidor consciente, interpretar esses sinais com senso crítico é fundamental para se antecipar às mudanças de ciclo e proteger — ou até alavancar — seu patrimônio.

Ainda assim, o mercado segue dinâmico e sensível a eventos externos. É preciso manter atenção ao comportamento do dólar, aos custos logísticos, à política comercial e ao avanço das tensões geopolíticas.

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Invista com consciência. Questione, estude e busque sempre embasamento antes de tomar decisões financeiras.