Hegemonia do Dólar: Por Que Ela Não Vai Acabar Tão Cedo

A entrevista de Scott Bessent à Bloomberg deixou claro: manter o dólar como moeda dominante é prioridade dos EUA. Ele destacou o poder extraterritorial da moeda e como o país pode usar sanções e restrições comerciais para defender essa posição. 💡 Para o Brasil, críticas ao dólar sem preparo estratégico são arriscadas, já que grande parte das nossas reservas está em bancos americanos — e isso nos deixa vulneráveis a sanções.

RADAR ECONOMIA

Carolina Vargas

8/13/20251 min read

A recente entrevista de Scott Bessent reforça um ponto que muitos esquecem quando se fala sobre a “morte” do dólar: não será tão cedo. Pelo contrário, manter a supremacia da moeda norte-americana é prioridade absoluta para o governo dos Estados Unidos.

Segundo Bessent, o dólar não é apenas uma moeda — é uma ferramenta de poder extraterritorial. Ele permite que os EUA imponham sanções, restrinjam acesso a mercados e forcem concessões comerciais a outros países. Em suas palavras, “ameaças e negociações são armas cruciais” para garantir que as nações sigam as regras do jogo.

📌 O risco para o Brasil
As recentes falas do presidente Lula, como líder do BRICS, defendendo alternativas ao dólar, colocam o Brasil em posição vulnerável. Vale lembrar que grande parte das nossas reservas internacionais estão depositadas em bancos americanos. Isso significa que, se os EUA quiserem, podem congelar parte desses recursos como forma de retaliação.

Além disso, o comércio internacional brasileiro ainda depende fortemente da liquidação em dólar. Uma ruptura abrupta sem planejamento deixaria nossa economia exposta a choques externos, fuga de capitais e restrição de crédito.

📊 Conclusão
Enquanto Rússia, China e Irã buscam alternativas, os EUA têm meios e interesses para defender o dólar com unhas e dentes. Para o Brasil, entrar em rota de colisão sem uma estrutura de proteção sólida é brincar com fogo.

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