Estados Unidos cancelam vistos de ministros do STF
Os Estados Unidos revogaram os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes, Barroso e Gilmar Mendes, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. A medida, inédita, foi justificada por supostos abusos de autoridade e impacto negativo à política externa americana. A decisão provocou forte reação do governo brasileiro e acirrou a tensão diplomática entre os países.
RADAR POLÍTICA
Carolina Vargas
7/21/20252 min read


No dia 18 de julho de 2025, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos de Alexandre de Moraes e de outros altos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de seus familiares — ação motivada por alegados abusos de poder na repressão ao ex-presidente Jair Bolsonaro, descrita por ele como “política de caça às bruxas”.
Quem foi afetado?
Ao menos oito ministros do STF tiveram vistos revogados: Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.
Também foi incluído o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet.
Permanecem com visto válido André Mendonça, Kassio Nunes Marques e Luiz Fux, sendo os dois primeiros indicados por Jair Bolsonaro e Luiz Fux por Dilma Roussef.
Reações no Brasil:
Presidente Lula qualificou a medida como “arbitrária e sem fundamento”, reafirmando que representa interferência inaceitável na soberania e independência do Judiciário brasileiro.
A ministra Gleisi Hoffmann chamou a ação de “afronta ao Poder Judiciário e à soberania nacional”, enquanto o AGU Jorge Messias declarou que “nenhum expediente conspiratório intimidará o Judiciário.
Impactos e implicações
A medida marca uma escalada sem precedentes na relação diplomática entre Brasil e EUA: além do visto, Trump já havia enviado carta ao Presidente do Brasil fazendo menção a possíveis tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
O conflito também envolve o uso potencial da Lei Magnitsky, discutida por aliados de Bolsonaro em Washington como forma de punir Moraes.
A decisão ocorre em paralelo ao processo judicial que acusa Bolsonaro de tentar conspirar um golpe de Estado, incluindo restrições como tornozeleira eletrônica, proibição de contato com governos estrangeiros e redes sociais
O que vem a seguir?
O Brasil mobilizou sua diplomacia em conversas com altos oficiais norte-americanos, pedindo reconsideração diante dos prejuízos ao Estado de Direito.
A disputa pode se intensificar com a aplicação da Lei Magnitsky e possíveis sanções tarifárias, o que se traduz em riscos políticos e econômicos reais.
Internamente, o STF reafirma sua atuação legal e independente, ignorando ameaças externas, o que fortalece o discurso da soberania nacional.
Conclusão
A medida de revogar os vistos representa um momento crítico e simbólico na diplomacia e no equilíbrio de poderes. Os EUA reafirmam uma postura assertiva em defesa da liberdade de expressão, enquanto o Brasil contesta, destacando a importância da autonomia judicial. O caso, longe de encerrado, pode desencadear uma série de retaliações políticas, econômicas e jurídicas – nacionais e internacionais.
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Este conteúdo possui fins exclusivamente educativos e informativos. As opiniões aqui expressas refletem minha visão pessoal e não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos.
Não sou analista de valores mobiliários e o site Radar Preditivo não realiza qualquer tipo de assessoria ou consultoria de investimentos.
Invista com consciência. Estude, questione e busque sempre embasamento antes de tomar qualquer decisão financeira.
Carolina Vargas - Radar Preditivo
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