Bolsa ultrapassa os 139 mil pontos e está em topo histórico. Isso significa que está cara?

A Bolsa ultrapassou os 139 mil pontos e renovou seu topo histórico, contrariando as previsões catastróficas feitas no final de 2024. Mas será que a Bolsa está cara? Neste post, mostramos por que não, com base no Ibovespa dolarizado, nos múltiplos baixos e no novo ciclo de alta que se desenha.

ESTUDO DE MERCADO

Carolina Vargas

5/18/20252 min read

Nas últimas semanas, o Ibovespa — principal índice da Bolsa brasileira — ultrapassou os 139 mil pontos, renovando seu topo histórico em pontos nominais. Diante disso, é natural que muitos investidores se perguntem: a Bolsa está cara?

A resposta, no entanto, exige mais profundidade do que um simples número em destaque. Em primeiro lugar, precisamos considerar que esse valor é nominal, ou seja, não leva em conta os efeitos da inflação ao longo do tempo. Quando ajustamos o Ibovespa pela inflação ou o dolarizamos, a história muda completamente.

Ibovespa dolarizado ainda está longe do topo

Ao analisarmos o índice em dólares — o chamado Ibovespa dolarizado — percebemos que ainda estamos bem abaixo dos topos anteriores, especialmente dos registrados em 2008 e 2010. Isso indica que, para o investidor estrangeiro, a Bolsa brasileira ainda está com desconto, o que ajuda a atrair capital internacional.

Múltiplos atrativos e ciclo de alta

Outro ponto importante é que várias empresas da Bolsa estão com múltiplos atrativos, como o P/L (Preço sobre Lucro) em níveis historicamente baixos. Em outras palavras, o mercado está precificando essas companhias como se elas estivessem em dificuldade — o que, em muitos casos, não condiz com a realidade atual dos seus negócios.

Além disso, muitas ações estão sendo negociadas abaixo do valor patrimonial, ou seja, o mercado está pagando menos do que o valor contábil dos ativos dessas empresas. Essa distorção costuma indicar oportunidades, principalmente para quem investe com foco no longo prazo.

Estamos em um novo ciclo de alta?

Do ponto de vista estrutural, há sinais claros de que o mercado brasileiro está iniciando um novo ciclo de alta. Embora a taxa Selic ainda esteja em níveis elevados e a inflação siga acima da meta, o cenário macroeconômico começa a mostrar sinais de melhora e reequilíbrio gradual.

Mesmo com narrativas que chegaram a afirmar que o dólar a R$6,00 seria o novo normal, o que estamos vendo é justamente o contrário: a moeda americana vem perdendo força frente ao real. O que muitos analistas e especialistas projetavam no final de 2024 parece estar se invertendo — o dólar está em queda.

Naturalmente, nenhum ciclo de alta é linear. Oscilações e momentos de realização sempre farão parte do caminho. No entanto, o movimento de médio e longo prazo parece apontar para uma tendência positiva e promissora para os ativos brasileiros.

Conclusão:
Apesar dos 139 mil pontos parecerem um número elevado, a análise técnica e fundamentalista aponta que ainda existe muito espaço para valorização, principalmente se considerarmos o Ibovespa em dólares, os múltiplos atrativos e o início de um novo ciclo positivo para o mercado brasileiro.

Aqui no Radar Preditivo, nossa missão é justamente essa: ajudar você a entender o mercado além dos números de manchete. Continue nos acompanhando!

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Invista com consciência. Estude, questione e busque sempre embasamento antes de tomar qualquer decisão financeira.